segunda-feira, 24 de maio de 2010

Pensar no Inverno



Depois de umas grandes férias a bordo do Galhofas, que me permitiram perceber e conhecer melhor as qualidades naúticas do Galhofas e inventariar os pormenores que ainda faltam terminar, vem à cabeça a onde vai o galhofas passar o Inverno, já que Sines não é opção por ser péssimo com o Sudoeste.

Lisboa, mais propriamente a Doca de Santo Amaro, parece uma boa opção, não só porque tem disponibilidade de lugares, como também está perto do escritório para umas visitas relâmpago.

O preço mensal também não é mau, não sendo bom (370€ mensais já com IVA).

O problema desta doca rapidamente se revelou:

- Barulho infernal da ponte 25 de Abril (gostava mais quando se chamava Salazar);
- Barulho dos bares à noite (não estivesse-mos nas Docas);
- Os barcos "trabalham" com a deslocação da água. A corrente e mexida da água faz-se sentir.
- Balneários abertos somente durante a hora de expediente 09:00 às 18:00 horas com intervalo para almoço das 12:30 às 14:00 horas.
- Estacionamento só pago (os proprietários tem uma tarifa económica de 1,80€ diários).

Mas tudo correu bem. Note-se que este Inverno foi duro, com muito temporal.


Em Abril, o galhofas foi à Tecniates (Belém) mudar o casquilho e rever o eixo da hélice.

Também lhe colocamos uma pequena plataforma e pintou-se finalmente o convés.





Há, e claro, lá recebeu um pequeno LCD que a tripulação feminina tanto reenvidicavam.




Quem diria, parece uma moça que depois de maquilhada parece outra. No caso para melhor, não confundir com as maquilhagens para esconder má pele. No caso do Galhofas, a pele era boa, pois aguentou 36 anos de Sol.




















terça-feira, 4 de maio de 2010

Sines

Sines, como porto de abrigo é muito especial.



Pessoalmente, considero Sines como tendo a melhor baía para fundear. Pelo menos quando estamos sem vento ou no mínimo com a típica nortada de verão.

O fundo é de boa tensa, areia, e sem qualquer rocha.

De um lado temos o porto dos pescadores com os seus barcos presos em poitas.



No outro temos o porto de recreio (marina).

A marina é gerida pela APS (Administração do Porto de Sines), com as suas vantagens e desvantagens.

Destaco alguns pontos positivos e negativos:

Positivos:
+ Preços baixos comparativamente com outras marinas nacionais;
+ Recepção 24 horas;
+ Balneários novos e limpinhos (abertos 24 horas);
+ Perto da vila (vai-se bem a pé sem necessidade de percorrer uma maratona;
+ Sossegada;
+ Dotada de uma pequena loja (Nauticamascarenhas) de aprestos náuticos;
+ Lavandaria, multibanco, café/bar, loja equipamento pesca e mergulho;

Negativos:
- A polícia marítima é chata (estamos a atracar e já lá está um militar a pedir-nos a documentação e tudo o mais que se lembrarem. Não lhes escapa um. Até se dão ao trabalho de visitar os que estão fundeados);
- O acesso à marina é fácil por qualquer pessoa, comprometendo a segurança;
- Muito exposta à nortada e ao mar de sudoeste (com mar de sudoeste, parece que estamos num carrocel. Os pontões chegam a ter uma amplitude de 1 metro nos piores sudoestes, provocando imensos estragos aos barcos;
- Os serviços de manutenção são reduzidos (não tem travel, só grua e é muito cara: 350€ para subir e mais 350€ para descer. Recomenda-se combinar com outros barcos para partilhar a despesa, pois estes 350€ são por 4 horas de utilização. Normalmente dá para descer até 4 barcos. Mas se for só um, paga os 350€.);
- Embora a marina esteja perto da vila, já não podemos dizer o mesmo de um supermercado, pois estes ficam em zonas da vila relativamente longe da marina.


Sines tem um encanto especial.

De 15 de Julho a 15 de Agosto tem as tasquinhas na marginal.

Tem praia ali à mão. Dá para ir a nado do barco até à areia.

As praias são fantásticas, recordo que temos de Tróia a Sines uma costa quase virgem de construções ou presença humana e a sul de Sines, praias como São Torpes, Porto Covo, Ilha do Pessegueiro, etc..

O Povo é maravilhoso, não chateiam ninguém.
Recomendo vivamente uma ida à noite ao bar do clube náutico (perto da marina, no porto de abrigo do clube náutico. Não confundir com o bar que está junto à marina, não tem nada a ver.)
Não ir a este bar, é como ir a Roma e não ver o Papa.
No que diz respeito ao estômago, só recomendo o peixe. Qualquer tasquinha serve bem o peixinho. Não fosse Sines uma terra de pescadores.
Quem preferir um franguito para comer no barco, tem uma churrasqueira perto do Castelo. É a mais próxima da marina.
No que diz respeito à segurança, posso afiançar que Sines é segura a qualquer hora.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

10 dias no Algarve 4

Os nossos simpáticos companheiros de viagem no regresso a Sines.


O nosso táxi privado. Sem ele, perdia-se metade da piada.


A propósito, temos um episódio engraçado com os dingui's quando estávamos fundeados em Portimão.

À noite, completamente escuro (sem lua), ouvíamos uns besouros (Dingui's) a correrem de um lado para o outro num vai e vem engraçado. Reparem, ouvíamos mas não víamos, pois a escuridão é quase total, somente com as luzes ao fundo de Portimão.

Questionava-mo-nos para onde iriam?

Na última noite em Portimão resolvemos ir jantar fora, à Pizza-hut, que fica na marina de Portimão.

Lá montamos no nosso private-táxi e fomos armados em besouro, sem ver breu à nossa frente em direcção aos pontões da marina, sem saber muito bem a onde iríamos atracar. Quando chegamos à marina, encostamos no pontão de espera a sul (o que fica do outro lado do pontão de espera da recepção da marina no lado dos bares e restaurantes), mas paramos a meio deste.

Quando saltamos para o pontão e nos dirigíamos para a porta de saída meio receosos de deixar o nosso private-taxi sozinho, no final do pontão, junto à porta de saída, encontramos uma meia-dúzia de dingui's como o nosso, todos juntinhos.


Ora esta, afinal os besouros vinham todos para aqui, boa.

Não querendo que o nosso private ficasse sozinho, fomos buscá-lo e coloca-mo-lo junto dos seus novos companheiros para ficarem numa companhia de besourados.


Depois de um belo jantar de pizza, regressamos ao Galhofas. Aqui a piada foi encontrá-lo no meio de uma trintena de veleiros fundeados silenciosamente às escuras.

Já viram como eu seguro o leme?!




Eu gosto mesmo disto.


Pois é, os 10 dias estão a chegar ao fim.


Serviu para tudo. Nomeadamente para conhecer melhor o Galhofas, Grande barco!


A cima de tudo, a família divertiu-se. Afinal de contas, foi esse o grande objectivo da aquisição do Galhofas, arranjar desculpas para estarmos todos juntos e viver a família de uma forma íntima e próxima.


A viagem de regresso para Sines fez-se sem qualquer sobressaltos, motorada claro, nesta altura do ano a nortada típica não deixa grande veleidades para a vela, a não ser que queiramos fazer um triângulo Sagres-Sines de 25 milhas para fora para apanhar ângulos de bolina razoáveis. Mas isso implica mais umas 5 ou 6 horas de viagem, e no regresso a moral já não é muita, pois as férias acabaram.

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