quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Blue Seven: Sines - Lisboa

Blue Seven: Um bonito e cheiroso Bavaria 36


Pois é, finalmente consegui fazer uma viagem no Blue Seven. A ideia era trazer de regresso o BS de Sines para a sua actual residência na Marina do Parque das Nações (Lisboa).
O programa seria sair por volta das 07:00 horas de Domingo, já que teríamos 60 milhas para "papar".

Acabamos por sair por volta das 08:00 horas, o Pequeno-Almoço prolongou-se um pouquito, com direito a pão feito no forno (do Lidl) e um capuccino. Digam lá que os marinheiros não se tratam bem!.

O dia começa calmo, sem vento e mar chão.

Note-se que os dias em Sines partem-se em 2. De manhã, sem vento e calmo. Á tarde, com a nortada, a coisa torna-se mais interessante para os marujos da vela e desgostoso para a malta da praia.

Assim, arrancamos com uma motorada.


Depois do Espichel, já entrados na tarde e com a nortada que esperávamos, a coisa começou a tornar-se mais interessante.

O vento, ou dava a sua graça ou caia. estava instável e aborrecido.

Com a aproximação ao Bugio, a coisa tornou-se engraçada, pois era notório o vento a levantar-se.

Quando dobramos o Bugio, a coisa tornou-se "orgasmática", pois recebíamos um vento de través entre os 20 a 30 nós.

Com a ajuda da enchente e este vento, o Blue Sevem navegava entre os 8 a 10 nós de GPS.


Este Blue Seven anda para caramba.

Quem disse que os Bavarias eram só para a marina, é porque nunca andaram num.

Deu para ver Golfinhos, muitos Golfinhos, e tubarões, sim tubarões. Eles andem aí.

Da minha parte foi uma experiência muito interessante, na companhia de um verdadeiro marinheiro e de boa conversa.

Fiquem com um pouquito do som:





quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Férias Grandes 2010

Destino: Algarve. Desta vez, o objectivo era explorar a costa Este do Algarve, já que no ano passado foi a Oeste.
Assim, tínhamos 2 pontos de destino principal; Culatra e Tavira.

Fizemos uma primeira saída Sábado, 14 de Agosto, 04:00 da matina. Claro que só saímos às 05:00 horas, não fossemos nós tradicionalistas por não cumprir horários.

Aqui cometemos um erro, aceitamos que um companheiro sem experiência de mar e do qual não conhecíamos como se comportaria a bordo, viesse connosco. Resultado: mal saiu da barra começou a enjoar. 5 milhas a sul de Sines tivemos que tomar uma decisão de voltar para trás, pois arriscávamos ter problemas sérios com o nosso simpático novato.

Tomamos a decisão de sair no dia seguinte, depois do almoço, para aproveitarmos a nortada que se levanta a partir desta altura.

A viagem correu sem transtornos. 2 Barcos - Galhofas zarpou com 2 tripulantes (eu e o meu irmão). Dad's Mistress, um Bavaria 36, com um tripulante, o Jorge. Que companheiro aventuroso.


Eis o homem, venturoso e corajoso, que por alturas de São Vicente entrou em alucinações e batia as palmas de contente.

Explico melhor: este companheiro, depois de ter o barco sem sair do sítio 2 anos, perro que nem um velho (o barco) resolveu ir sem piloto automático, sozinho, com logística duvidosa e com noites mal dormidas, embarcar numa viagem de 15 horas agarrado ao leme.

Resultado: Quando chegamos a Portimão, a primeira coisa que fez foi um grande chichi. Por que será? 15 horas agarrado ao leme sem piloto automático? É seguramente um homem dos velhos tempos, já não se fazem assim.

Depois de Portimão zarpamos para Albufeira, onde entraria a restante tripulação do Dad's e Galhofas. O meu irmão terminou por ali.

Tripulação embarcada no Galhofas: Miúdas, todas giras.


No Dad's Mistress:


Bom, no dad's entraram "boys".

Seguramente que aqui o Galhofas levava vantagem, pois conseguiu miúdas, enquanto o Dad's Mistress ficou-se pelo nome, pois só embarcaram boys.

Depois de 3 dias em Albufeira para resolver o problema do leme perro do Dads (falta de uso, espero que o Jorge só tenha o Dads com falta de uso), zarpamos para a Culatra (Faro/Olhão).

A Culatra: lugar magnífico, vejam as fotos:

O pequeno porto de abrigo para os pescadores locais.

Água calma e de ria.


Praia fantástica e atipicamente com pouca gente (não se esqueçam que estamos no Algarve)


Pôr do Sol de outro mundo.


Um Luar de namorados (não, não é o Sol, é mesmo a Lua).


O Dad's fundeado com os seus "Garrafões" no costado.


O Galhofas. Que belo barco. Já não os fazem assim tão bonitos.

Um lugar magnífico, calmo, sereno e pitoresco.

A culatra, é um local muito simpático para se estar. Para além de conseguirmos beber um café por 60 cêntimos em pleno Agosto no Algarve, tem mercearia e restaurante simpáticos. No caminho para a praia, na Associação local, consegue-se comer por 5€ a refeição.

Também temos um contacto de um senhor que por 20€ nos leva 300 litros de água potável a bordo. Evitando assim termos que ir à marina mais próxima, Vilamoura, que dista 10 milhas para Oeste.

Os dias passaram-se de uma forma muito tranquila e divertida.

Gosto mesmo disto.


Não tenho palavras.


As passeatas no "Laranjinha"


Binóculos na mão, não vá um boy do Dad's aparecer todo interessante.


Por falar nos Boys.


Estão a ver que já piloto o Laranjinha?!


O Galhofas fundeado.


A vigilante de "Quarto".



Aproveitamos e fomos no ferry da Culatra para Olhão. Objectivo: almoçar com a Mãe do Jorge, o capitão do Dad's. Que senhora maravilhosa, conseguiu bater a minha mãe aos pontos, pois falou desde o início do almoço até aos beijinhos de despedida, nós só ouvíamos, que nem meninos na escola.

Que falta fazia no Dad's. O Dad's tem 3 camarotes, mas pelo que soube, dormiam na sala, pois os camarotes estavam cheios de "logística" importante (é só más línguas).


O regresso:
Bom, o regresso foi mais atribulado.

O Dad's Mistress.

Zarpamos da Culatra para Albufeira com o objectivo de deixar as tripulações menos marujas.
Queríamos regressar a solo para Sines. Eu no Galhofas, e o Jorge no Dad's.

Assim, zarpamos de Albufeira para a enseada de Sagres, com o intuito de ali fundearmos para dobrarmos o cabo São Vicente no dia seguinte pela matina.

Posso-vos dizer que saí de Albufeira de cuecas com um calor tremendo e chaguei a Sagres de casaco com um frio desagradável e ventos de 25 a 30 nós.

Não tenhamos dúvidas, São Vicente, é o nosso mini Horn.

Queríamos ter saído cedo, por volta das 06:00 horas, mas o vento manteve-se toda a noite forte. à 06:00 da manhã ainda andava nos 20 nós. Resolvemos sair pelas 09:30 com o vento na casa dos 15 nós. Se a coisa estivesse preta, voltávamos para a enseada.

Só uma nota: quando chegamos à enseada, o Galhofas foi o primeiro a meter ferro. Depois veio o Dad's. Pouco depois do Dad's ter metido ferro, vejo-o a sair de "rabo" para o mar alto. tal era o vento, que o Dad's desgarrou. Que grande susto, sorte o vento levar-nos para mar alto.
Não se esqueçam, metam toda a corrente que tiverem e dêem com o motor à ré para o ferro garrar bem.

A viagem de regresso correu bem, com muito mar e vento de norte.

O Galhofas resolveu meter vela e andar aos Zig Zags. Se era verdade que andava mais que o Dad's, mas pelo facto deste fazer uma rota directa a motor, íamos mantendo o mesmo avanço. Todavia, a vela dava-me mais conforto, pois o barco agarrava mais ao mar e não balanceava tanto como acontece quando vamos só a motor.

Ainda tive um susto do motor me falhar a 42 milhas de Sines. Tinha o pré-filtro de gasóleo todo sujo. Sinal de depósito de Gasóleo sujo. Já vai levar uma limpeza daquelas. 

Mas o problema lá se resolveu, depois do Jorge me ter sugerido ligar novamente o motor e acelará-lo bem para limpar. Resultou. caso contrário, o regresso ter-se-ia feito à moda antiga, à vela, demorasse o tempo que demorasse, pois voltar para trás não era uma opção.

Agora fiquem lá com o som:




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