Assim, tínhamos 2 pontos de destino principal; Culatra e Tavira.
Fizemos uma primeira saída Sábado, 14 de Agosto, 04:00 da matina. Claro que só saímos às 05:00 horas, não fossemos nós tradicionalistas por não cumprir horários.
Aqui cometemos um erro, aceitamos que um companheiro sem experiência de mar e do qual não conhecíamos como se comportaria a bordo, viesse connosco. Resultado: mal saiu da barra começou a enjoar. 5 milhas a sul de Sines tivemos que tomar uma decisão de voltar para trás, pois arriscávamos ter problemas sérios com o nosso simpático novato.
Tomamos a decisão de sair no dia seguinte, depois do almoço, para aproveitarmos a nortada que se levanta a partir desta altura.
A viagem correu sem transtornos. 2 Barcos - Galhofas zarpou com 2 tripulantes (eu e o meu irmão). Dad's Mistress, um Bavaria 36, com um tripulante, o Jorge. Que companheiro aventuroso.
Eis o homem, venturoso e corajoso, que por alturas de São Vicente entrou em alucinações e batia as palmas de contente.
Explico melhor: este companheiro, depois de ter o barco sem sair do sítio 2 anos, perro que nem um velho (o barco) resolveu ir sem piloto automático, sozinho, com logística duvidosa e com noites mal dormidas, embarcar numa viagem de 15 horas agarrado ao leme.
Resultado: Quando chegamos a Portimão, a primeira coisa que fez foi um grande chichi. Por que será? 15 horas agarrado ao leme sem piloto automático? É seguramente um homem dos velhos tempos, já não se fazem assim.
Depois de Portimão zarpamos para Albufeira, onde entraria a restante tripulação do Dad's e Galhofas. O meu irmão terminou por ali.
Tripulação embarcada no Galhofas: Miúdas, todas giras.
No Dad's Mistress:
Bom, no dad's entraram "boys".
Seguramente que aqui o Galhofas levava vantagem, pois conseguiu miúdas, enquanto o Dad's Mistress ficou-se pelo nome, pois só embarcaram boys.
Depois de 3 dias em Albufeira para resolver o problema do leme perro do Dads (falta de uso, espero que o Jorge só tenha o Dads com falta de uso), zarpamos para a Culatra (Faro/Olhão).
A Culatra: lugar magnífico, vejam as fotos:
O pequeno porto de abrigo para os pescadores locais.
Água calma e de ria.
Praia fantástica e atipicamente com pouca gente (não se esqueçam que estamos no Algarve)
Pôr do Sol de outro mundo.
Um Luar de namorados (não, não é o Sol, é mesmo a Lua).
O Dad's fundeado com os seus "Garrafões" no costado.
O Galhofas. Que belo barco. Já não os fazem assim tão bonitos.
Um lugar magnífico, calmo, sereno e pitoresco.
A culatra, é um local muito simpático para se estar. Para além de conseguirmos beber um café por 60 cêntimos em pleno Agosto no Algarve, tem mercearia e restaurante simpáticos. No caminho para a praia, na Associação local, consegue-se comer por 5€ a refeição.
Também temos um contacto de um senhor que por 20€ nos leva 300 litros de água potável a bordo. Evitando assim termos que ir à marina mais próxima, Vilamoura, que dista 10 milhas para Oeste.
Os dias passaram-se de uma forma muito tranquila e divertida.
Gosto mesmo disto.
Não tenho palavras.
As passeatas no "Laranjinha"
Binóculos na mão, não vá um boy do Dad's aparecer todo interessante.
Por falar nos Boys.
Estão a ver que já piloto o Laranjinha?!
O Galhofas fundeado.
A vigilante de "Quarto".
Aproveitamos e fomos no ferry da Culatra para Olhão. Objectivo: almoçar com a Mãe do Jorge, o capitão do Dad's. Que senhora maravilhosa, conseguiu bater a minha mãe aos pontos, pois falou desde o início do almoço até aos beijinhos de despedida, nós só ouvíamos, que nem meninos na escola.
Que falta fazia no Dad's. O Dad's tem 3 camarotes, mas pelo que soube, dormiam na sala, pois os camarotes estavam cheios de "logística" importante (é só más línguas).
O regresso:
Bom, o regresso foi mais atribulado.
O Dad's Mistress.
Zarpamos da Culatra para Albufeira com o objectivo de deixar as tripulações menos marujas.
Queríamos regressar a solo para Sines. Eu no Galhofas, e o Jorge no Dad's.
Assim, zarpamos de Albufeira para a enseada de Sagres, com o intuito de ali fundearmos para dobrarmos o cabo São Vicente no dia seguinte pela matina.
Posso-vos dizer que saí de Albufeira de cuecas com um calor tremendo e chaguei a Sagres de casaco com um frio desagradável e ventos de 25 a 30 nós.
Não tenhamos dúvidas, São Vicente, é o nosso mini Horn.
Queríamos ter saído cedo, por volta das 06:00 horas, mas o vento manteve-se toda a noite forte. à 06:00 da manhã ainda andava nos 20 nós. Resolvemos sair pelas 09:30 com o vento na casa dos 15 nós. Se a coisa estivesse preta, voltávamos para a enseada.
Só uma nota: quando chegamos à enseada, o Galhofas foi o primeiro a meter ferro. Depois veio o Dad's. Pouco depois do Dad's ter metido ferro, vejo-o a sair de "rabo" para o mar alto. tal era o vento, que o Dad's desgarrou. Que grande susto, sorte o vento levar-nos para mar alto.
Não se esqueçam, metam toda a corrente que tiverem e dêem com o motor à ré para o ferro garrar bem.
A viagem de regresso correu bem, com muito mar e vento de norte.
O Galhofas resolveu meter vela e andar aos Zig Zags. Se era verdade que andava mais que o Dad's, mas pelo facto deste fazer uma rota directa a motor, íamos mantendo o mesmo avanço. Todavia, a vela dava-me mais conforto, pois o barco agarrava mais ao mar e não balanceava tanto como acontece quando vamos só a motor.
Ainda tive um susto do motor me falhar a 42 milhas de Sines. Tinha o pré-filtro de gasóleo todo sujo. Sinal de depósito de Gasóleo sujo. Já vai levar uma limpeza daquelas.
Mas o problema lá se resolveu, depois do Jorge me ter sugerido ligar novamente o motor e acelará-lo bem para limpar. Resultou. caso contrário, o regresso ter-se-ia feito à moda antiga, à vela, demorasse o tempo que demorasse, pois voltar para trás não era uma opção.
Agora fiquem lá com o som:
Agora fiquem lá com o som:
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